Os processos de esterilização no ambiente odontológico utilizam embalagens que devem ser atóxicas, possibilitar eficácia do procedimento e proteção dos materiais do meio externo. O grau cirúrgico é a embalagem mais utilizada em autoclave, porém possui alto custo. Como alternativa, estudos vêm sugerindo o uso do polipropileno. Esse  estudo analisou a eficácia do polipropileno como invólucro para o procedimento de esterilização de instrumentos odontológicos, bem como a manutenção da esterilização e a diminuição de gastos. No grupo experimental (polipropileno; n=9) e controle (grau cirúrgico; n=9) as amostras contendo um kit clínico foram autoclavados (121ºC/ 15 min) e submetidas ao armazenamento segundo normas do SOBECC (2009). Ampolas para teste biológico da marca Clean-Test foram utilizadas para avaliar a esterilização no interior das embalagens. Entre 7 e 15 dias após a esterilização, uma embalagem de cada grupo foi aberta em ambiente estéril e, com auxílio de cotonetes, foi coletada amostra para realização de semeadura em ágar sangue de carneiro. Os indicadores utilizados no ciclo de esterilização atestaram a eficácia do processo da autoclave. Os resultados microbiológicos (7 a 15 dias) mostraram ausência de crescimento microbiológico em todas as amostras. Foi computada a economia na utilização do polipropileno, por dia, mês e ano, o que mostrou uma redução de gastos de aproximadamente 10 vezes em relação ao grau cirúrgico. Assim, a utilização do involucro de polipropileno parece uma alternativa viável e segura para redução de custos no procedimento de esterilização nos consultórios odontológicos.