No consultório odontológico, falhas no processo de limpeza, desinfecção, esterilização de instrumentos e proteção de equipamentos podem levar à contaminação cruzada e causar danos à saúde do paciente ou à equipe de saúde bucal. Este projeto de extensão universitária, em andamento, tem o objetivo de interagir com usuários de dois tipos de serviços, um de saúde (SESA-USP) e outro odontológico (FOAr-UNESP), e identificar os saberes e as percepções a respeito das práticas de higiene e biossegurança no tratamento odontológico. A equipe do projeto tem realizado rodas de conversa e gravações dos depoimentos dos participantes a respeito do tema proposto, gerando um banco de dados qualitativos, que foi analisado e descrito num quadro síntese contendo as categorias e os discursos. Parte dos entrevistados apresentou total confiança no profissional. Outros relataram preocupação com a segurança da esterilização dos instrumentos e uso de luvas. Essas rodas de conversa propiciaram a criação de um folheto com orientações para distribuição entre esses usuários para favorecer o empoderamento e atuar na busca por maior segurança e qualidade em seus tratamentos odontológicos futuros. Espera-se contribuir para a prevenção em saúde, quanto ao risco biológico em consultórios odontológicos, tendo como referencial o próprio paciente, alertando-o para a importância da observação desse risco e oferecendo condições de serem exigentes em caso de falhas que possam comprometer sua saúde, numa interface entre atenção em saúde e percepção da qualidade do cuidado recebido.