Citotoxicidade de uma resina acrílica para base de próteses após imersão em soluções de sabonetes líquidos desinfetantes: tempos de imersão
Zoccolotti JO, Malavolta IF, Jorge JH
Resumo
Introdução Os sabonetes antissépticos têm sido utilizados para desinfecção de várias superfícies. Estes são capazes de remover de 65% a 85% dos micro-organismos existentes na pele humana. O objetivo deste estudo foi avaliar a citotoxicidade de uma resina acrílica após imersão em sabonetes líquidos desinfetantes. Materiais e Métodos Amostras de resina acrílica (Vipi Wave) foram confeccionadas e divididas em grupos: AD: imersão em água destilada; SD: imersão diária em sabonete Dettol à 0,39% (CIM) por 8 h a temperatura ambiente, seguido de imersão em água destilada por mais 16 h à 37°C; SP: imersão em sabonete Protex à 3,12% (CIM), conforme descrito para o grupo SD; SL: imersão em sabonete Lifebuoy à 0,78% (CIM), conforme descrito para o grupo SD. A citotoxicidade foi avaliada aos 0, 7, 14, 21 e 28 dias de imersão. O efeito citotóxico foi avaliado em cultura de células (HaCaT) por meio teste Alamar Blue. Os resultados obtidos foram avaliados qualitativamente e quantitativamente (ANOVA two-way). Resultados Por meio da análise qualitativa observamos que todos os sabonetes foram classificados como não citotóxicos, pois apresentaram inibição menor que 25% em relação ao grupo controle, independentemente do tempo de armazenamento. A análise quantitativa demonstrou que não houve diferença significativa em relação à viabilidade celular para os diferentes grupos. Porém, após 21 dias, houve diminuição da viabilidade celular independentemente do tipo de sabonete testado. Conclusão Todos os sabonetes foram classificados como não citotóxicos. Após 21 dias de imersão nas diferentes soluções, houve redução da viabilidade celular.