A sutura consiste no tempo operatório final de um procedimento cirúrgico, que visa aproximar as bordas de uma lesão, com a finalidade de promover a união dos tecidos, reposicioná-lo em seu local original e evitar a contaminação da ferida cirúrgica. Este estudo retrospectivo foi planejado para comparar duas técnicas de sutura; a sutura continua festonada e a sutura continua simples. Cinquenta e nove pacientes foram selecionados a partir da análise dos prontuários da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da Unesp de Araraquara, no período de março de 2014 a janeiro de 2016. Os pacientes foram tratados de acordo com seu trauma, sendo que a técnica de sutura empregada na mucosa oral foi escolhida aleatoriamente pelo cirurgião responsável do caso e o fio de sutura utilizado foi o mesmo. Foram assim separados para análise em maxila (n=35/grupo) e mandíbula (n=27/grupo), totalizando 62 segmentos. O acompanhamento do aspecto clínico de cicatrização foi realizado por meio de retornos no sétimo dia, décimo quinto, trigésimo e o último com noventa dias. Todos os dados obtidos foram tabulados e analisados por meio de estatística inferencial. Não houve diferença estatística entre as duas técnicas avaliadas, porém em números absolutos houve menores complicações na técnica de sutura continua simples na maxila e na técnica de sutura continua festonada em mandíbula. Desta forma concluímos que ambas as técnicas podem ser aplicadas no trauma maxilo facial em ambas arcadas.