Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Congress Abstract

Crioterapia como possível tratamento para papiloqueratose gengival idiopática com formação de criptas: relato de caso

Fernandes D, Barbeiro CO, Silveira HA, Biancardi MR, Santos JL, Almeida LY, Leon JE, Bufalino A

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Resumo

A Papiloqueratose Gengival Idiopática com Formação de Criptas é uma condição que foi recentemente descrita e possui etiologia desconhecida. Os pacientes apresentam hiperqueratose papilar gengival com formação de criptas. Nesse trabalho, nós relatamos um caso clínico de uma mulher de 32 anos de idade que apresentava uma placa branca assintomática, bem demarcada com duração de 5 meses, medindo aproximadamente 2,0 × 0,5 cm, com superfície rugosa, envolvendo a face vestibular da gengiva inserida anterior da maxila que se estendia até a região do primeiro pré-molar bilateralmente. Nossa conduta estabelecida foi de realizar uma biópsia incisional da lesão. Entre os achados histopatológicos encontramos que a mucosa gengival exibia uma fina camada de paraqueratina com acantose papilar e invaginações epiteliais multifocais de criptas preenchidas com paraqueratina. O diagnóstico final foi Papiloqueratose Gengival Idiopática com Formação de Criptas. Como qualquer cirurgia nesta região especialmente tem risco de que os resultados insatisfatórios esteticamente, a paciente propusemos o uso da crioterapia com uma forma de tratamento. Foram realizadas 6 sessões de crioterapia com intervalos de 15 dias entres as sessões obtendo assim um resultado estético satisfatório. A paciente encontra-se em acompanhamento há 2 meses sem recidiva. A Papiloqueratose Gengival Idiopática com Formação de Criptas deve ser considerada no diagnóstico diferencial de lesões brancas, como a leucoplasia oral, e a crioterapia deve ser investigada em mais estudos para se confirmar a sua efetividade no tratamento dessa condição.

Palavras-chave

Crioterapia, diagnóstico diferencial.
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