Importância da proservação para o tratamento da Hipomineralização Molar-Incisivo
Stabile, Andressa Mioto; Marengoni, Laís Albuquerque; Pinto, Ana Beatriz Rocha; Santin, Gabriela Cristina; Fracasso, Marina de Lourdes Calvo
Resumo
A Hipomineralização molar incisivo (HMI) é definida como defeito de esmalte de origem sistêmica que atinge os molares e incisivos permanentes, com prevalência variando de 3,6 a 25%. A etiologia permanece desconhecida, embora se saiba que alterações que sensibilizam os ameloblastos no período entre o último trimestre gestacional e os três primeiros anos de vida podem estar associadas ao defeito do esmalte. Nesta condição, o esmalte hipomineralizado é frágil, destaca-se facilmente, levando a exposição da dentina, e consequente sensibilidade dentária e maior risco de lesões de cárie. Assim, o objetivo deste trabalho foi a apresentação de um caso clínico de HMI, em uma criança de 9 anos, com grande comprometimento da estrutura dentária dos primeiros molares permanentes superiores e inferiores, causando intensa sensibilidade dentária, influenciando diretamente a qualidade de vida da criança. Foi realizado o tratamento clínico imediato, com raspagem supra gengival, restaurações de cimento de ionômero de vidro convencional, aplicação do verniz fluoretado e a integração com a terapia ortodôntica. Nas consultas de reavaliação bimestrais, foi necessário a reaplicação do material ionomérico, com acompanhamento clínico e radiográfico por 30 meses. Conclui-se, que o diagnóstico precoce aliado ao tratamento proposto mostrou-se eficaz, minimizando danos aos tecidos duros e preservando ao máximo o esmalte remanescente, visando uma futura reabilitação na idade adulta.