Muitas doenças orais possuem implicações sistêmicas importantes de interesse para a odontologia. Alguns hospitais agora incorporam o atendimento odontológico às rotinas Hospitalares e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nesse contexto, a incorporação do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional pode contribuir para a visão holística que deve ser oferecida ao paciente hospitalizado a fim de proporcionar o seu bem estar, prevenindo infecções, diminuindo o tempo de internação e o uso de medicamentos. Paciente, gênero masculino, 78 anos de idade. Com história médica pregressa de insuficiência cardíaca e coronariana (infarto há 10 anos). Ele foi encaminhado pelo médico cardiologista da UTI da Santa Casa de Araçatuba. A partir do exame clínico intrabucal observou-se placa e cálculo dental, periodontite, discreta supuração gengival, mobilidade dentária grau 2, nos elementos 32, 31, 41 e 42. O tratamento realizado foi à exodontia e posterior reabilitação funcional com prótese removível. A presença do CD em âmbito hospitalar é necessária para diagnóstico e controle das afecções orais, diminuindo o risco de alterações sistêmicas e infecções hospitalares, pois da mesma forma que a saúde geral do paciente pode influir em sua saúde bucal, as doenças bucais interferem de maneira significativa na condição sistêmica do indivíduo.