O câncer bucal está entre os dez mais comuns cânceres e apresenta a maior taxa de mortalidade dentre as neoplasias malignas do segmento cabeça e pescoço. A situação do tratamento deste tipo de doença é particularmente grave, pois a maioria dos casos geralmente é diagnosticada tardiamente e por isso faz-se necessário o conhecimento do perfil epidemiológico do câncer bucal para que ações preventivas possam ser implementadas. O objetivo deste estudo foi o de analisar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com câncer bucal, atendidos no Projeto de Estomatologia da Universidade Estadual de Londrina, no período de 2008 à 2012. Foi realizado um estudo retrospectivo através dos dados obtidos dos registros de prontuários e laudos anatomopatológicos dos pacientes atendidos no Projeto 01582 – “Diagnóstico e Tratamento de Lesões de Interesse Estomatológico e Prevenção do Câncer bucal”. Através de informações registradas no período de janeiro de 2008 à dezembro de 2012 (cinco anos). De 527 laudos histopatológicos, 21 foram diagnosticados como neoplasia maligna, sendo 18 (86%) em forma de úlcera e 3 (14%) em forma de placa. Em relação ao gênero, 81% dos casos equivaleram ao gênero masculino e 19% ao gênero feminino. A faixa etária mais acometida foi a oitava década de vida. Dentre as neoplasias malignas diagnosticadas, o carcinoma espinocelular foi responsável por 80,9% dos casos. Em relação à localização, a região mais acometida foi a língua (28,5%), seguida do soalho bucal (23,8%) e lábio inferior (14,2%), sendo que 86% das neoplasias se apresentaram em forma de úlcera. Os resultados observados para as lesões diagnosticadas ressaltam a importância dos levantamentos epidemiológicos para propor medidas mais efetivas de combate ao Câncer Bucal, com ações de prevenção e diagnóstico precoce da doença.