O objetivo deste estudo foi analisar a escolha do material restaurador para restaurações cervicais realizadas por estudantes de graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). Realizou-se um levantamento dos prontuários da clínica de graduação dos anos de 2007 a 2009. Um total de 1326 prontuários foram analisados, sendo que 282 (21,3%) apresentavam restaurações cervicais, totalizando 779 restaurações. As variáveis foram caracterizadas por medidas descritivas e a associação entre as mesmas foi avaliada pela utilização do teste Qui‑Quadrado (p<0,05). Os dados sobre os pacientes foram coletados, a idade média encontrada foi de 50 anos, sendo que 171 (60,63%) pacientes eram do sexo feminino e 111 (39,36%) masculino. Em relação à distribuição dos dentes: 151 (19,38%) restaurações em molares, 441 (56,61%) em pré-molares, 105 (13,48%) em caninos e 82 (10,53%) em incisivos. O cimento de ionômero de vidro foi utilizado em 236 (30,30%) restaurações e a resina composta em 543 (69,70%). Houve associação significante entre o tipo de dente restaurado e a faixa etária dos pacientes em relação à escolha do material. A predominância da faixa etária e localização das lesões cervicais assemelham-se aos relatos da literatura. A resina composta foi mais indicada que os cimentos de ionômero de vidro.