A displasia cemento-ossea florida é um processo reativo benigno dos ossos e representa um tipo de lesão fibro-óssea, em que o osso normal é substituído por tecido conjuntivo fibroso. As lesões ocorrem frequentemente em mulheres negras com predileção marcante por adultos de meia-idade até mais velhos. Em relação à localização, mostram uma forte tendência para a região anterior de mandíbula. As lesões comumente não requerem tratamento, sendo o tratamento do paciente sintomático mais desafiador. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso clínico de um paciente do gênero feminino, 51 anos de idade, admitida no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba –UNESP. O paciente relata o surgimento espontâneo de aumento de volume em mandíbula lado direito há aproximadamente 02 anos, além de dor e parestesia na região, informando ter sido submetida a procedimento cirúrgico de biopsia, cujo diagnóstico histopatológico foi de displasia cemento‑óssea florida. Ao exame físico apresenta assimetria facial com abaulamento da cortical vestibular da mandíbula do lado direito e mobilidade nos elementos 41,42 e 43. Os exames de imagem revelaram áreas radiolúcidas e múltiplas massas escleróticas com bordas radiolúcidas encontradas em região anterior mandibular bilateralmente. O paciente havia sido diagnosticado previamente com displasia cemento-óssea florida. O tratamento instituído foi de remoção cirúrgica da lesão nas áreas de abaulamento ósseo.