Ação do Ácido Zoledrônico no reparo alveolar de ratas senis submetidas à terapia hormonal
Momesso, G.A.C.; Garcia, C. T. S.; Ervolino, E.; Dornelles, R.C.M.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Neste estudo foi avaliada atuação do Ácido Zoledrônico (ZOL) no processo de regeneração óssea alveolar de ratas Wistar senis submetidas ou não a terapia estrogênica. Ratas Wistar acíclicas (18 meses) receberam pellets contendo óleo de milho (OM) ou estradiol (E2/300 μg/mês), durante 90 dias, e constituíram os grupos: OM/NaCl; OM/ZOL; E2/NaCl e E2/ZOL. No 41° da terapia hormonal ou OM, foi iniciado o tratamento com ZOL e no 62° dia foi realizada exodontia do primeiro molar inferior de todos os animais experimentais. Após 28 dias da extração dentária, foi realizada coleta dos materiais (sangue e mandíbula), os quais foram processados para análises posteriores. Os resultados obtidos evidenciaram que não houve diferença significativa na concentração plasmática de cálcio e fósforo entre os grupos experimentais, porém, a atividade enzimática da fosfatase alcalina foi menor no grupo E2/NaCl. A análise histológica das mandíbulas dos animais dos grupos NaCl/E2 e NaCl/OM apresentaram boa neoformação óssea e reeptelização da mucosa alveolar, caracterizando vitalidade óssea. Entretanto, foi constatada ocorrência de osteonecrose de mandíbula com reparo alveolar deficiente nos animais que receberam ZOL. Além disso, verificamos que o E2 exógeno não estimulou a neoformação óssea nos animais que receberam ZOL. Sugerimos que o Ácido Zoledrônico altera o reparo alveolar após a criação de ferida cirúrgica no tecido ósseo, causando osteonecrose mandibular e que esse efeito pode ser potencializado pela idade do indivíduo, independentemente da concentração do E2.
Palavras-chave
Envelhecimento, bisfosfonatos, estradiol.