Extratos de araçá (Psidium cattleianum) como meio de estocagem de dentes avulsionados: estudo da viabilidade celular
Hosida, T. Y.; Constantino, L. G. P.; Sell, A. M.; Hidalgo, M.M.; Dezan Júnior, E.; Men, C. M.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
O objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade celular do extrato aquoso e etanólico das folhas do araçá (Psidium cattleianum) e compara-los com outros meios tradicionalmente utilizados na estocagem de dentes avulsionados. Para isso, foram realizadas aferições da viabilidade das células mononucleares de sangue periférico humano (PBMC) por meio do método de exclusão com o corante Azul de Tripan e das células do ligamento periodontal humano mantidas em cultura pelo método colorimétrico à base de Tetrazolato (MTT). Como controles foram utilizados o meio de cultura celular RPMI e os diluentes do extrato de araçá, água destilada e etanol 80%. As células foram incubadas nesses meios por 0, 1, 3, 6, 10 e 24 horas. Pela análise com o Azul de Tripan, o extrato aquoso de araçá propiciou um desempenho homogêneo das PBMC ao longo do tempo, apresentando resultados superiores, juntamente com o controle positivo RPMI (p>0,05). Pelo MTT, os resultados mostraram a eficácia do araçá aquoso na manutenção da viabilidade funcional das células do ligamento periodontal ao longo das 24 horas (p>0,05). Em ambas as metodologias, o araçá etanólico apresentou média de viabilidade baixa, no entanto pode-se observar que as propriedades do araçá conseguiram neutralizar parte do efeito danoso dos seus diluentes, água destilada e etanol 80%. Os resultados apresentados demonstraram que o extrato aquoso de araçá foi capaz de manter a viabilidade e a funcionalidade celular com desempenho semelhante ao controle positivo.
Palavras-chave
Sobrevivência celular, avulsão dentária, psidium