Ameloblastoma unicístico de mandíbula: tratamento conservador por descompressão
Cunha, C. P.; Rodrigues, W. C.; Xavier, S. P.; De Melo, W. M.; Okamoto, R.; Shinohara, E.H.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Ameloblastomas são tumores odontogênicos benignos relativamente raros, localmente agressivos e de elevada tendência à recidiva, apesar de suas características histopatológicas benignas. Podem ser classificados em quatro grupos: unicísticos; sólidos ou multicísticos; periféricos; e malignos. Em relação ao ameloblastoma unicístico há 3 variantes: como luminal; intraluminal; e mural. Na forma mural, a parede do cisto fibroso é infiltrada por nódulos tumorais, e por esta razão é considerada a variante mais agressiva dentre os ameloblastomas unicísticos. Foram propostas várias técnicas para tratamento de ameloblastoma, as quais incluem a descompressão, a enucleação / curetagem, uso de solução esclerosante, a criocirurgia, a ressecção marginal, e a ressecção agressiva. A literatura mostra que o tratamento dessa lesão continua a ser um assunto de grande interesse e alguma controvérsia. Os autores pretendem descrever um caso de ameloblastoma unicístico mural, do subtipo folicular, acometendo uma paciente de 19 anos de idade, que foi tratado usando abordagens conservadoras como a descompressão. Após acompanhamento por 3 anos a paciente apresenta-se saudável e permanece clinica e radiograficamente livre da lesão, o que denota a viabilidade e eficácia da técnica.
Palavras-chave
Ameloblastoma, descompressão, neoplasias da mandíbula, unicístico, recidiva, tratamento.