Implantes pós exodônticos de dentes com reabsorção por substituição 16 anos após reimplantes
Penha, L.V.; Silva, V.F.; Sonoda, C.K.; Panzarini, S.R.; Brandini, D.A.; Luvizuto, E.R.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
O traumatismo dentário desperta atenção na odontologia, devido ao comprometimento estético e funcional que ocasiona. Dentre os traumas, a avulsão é uma das principais questões por ser uma lesão grave e envolver danos complexos ao ligamento periodontal. O tratamento de escolha é o reimplante dentário. O objetivo deste estudo é apresentar a abordagem do trauma dental em um paciente atendido pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP) que sofreu avulsão dos dentes 11 e 21. Os elementos foram reimplantados 2 horas após o trauma, caracterizando o caso como reimplante tardio. Foi realizada endodontia de ambos os dentes e após 16 anos de acompanhamentos clínicos e radiográficos houve necessidade de extração do 11 e 21 devido à presença na porção radicular de grandes áreas de reabsorção por substituição. Implantes osseointegráveis foram instalados na mesma sessão a fim de reabilitar o paciente que nesse momento apresentava maturidade óssea e, portanto, apto a receber o implante, diferente da época da avulsão, onde o mesmo era adolescente e apresenta-se em fase de crescimento, limitando esse tipo de tratamento. Frente à avulsão dentária o reimplante ainda é a conduta ideal mesmo quando há necessidade de um futuro implante devido à ocorrência das reabsorções dentárias, pois quanto maior a permanência do dente reimplantado no alvéolo, maior a preservação do osso alveolar que mantém sua forma e espessura favorecendo assim também a estética e pela possibilidade de postergamos as cirurgias de implantes.
Palavras-chave
Avulsão dentária, reimplante dentário, implante dentário