Fratura de agulha odontológica em paciente pediátrico
Cavazana, T.P.; Ponzoni, D.; Aranega, A.M.; Bassi, A.P.F.; Souza, F.A.; Garcia-Júnior, I.R.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Apesar dos grandes avanços tecnológicos e desenvolvimento de materiais e instrumentais mais resistentes, o tratamento odontológico não está isento de riscos e complicações que podem estar associados aos vários tipos de procedimentos. Fratura e retenção de agulha dentro dos tecidos tornou-se um evento pouco comum, principalmente pela introdução no mercado de agulhas descartáveis. Entretanto, por ser um procedimento muito executado e algumas vezes, mecânico para os profissionais mais experientes, a infiltração anestésica pode ocasionar essa complicação. Paciente de 4 anos de idade, gênero masculino, acompanhado pelos pais, foi encaminhado por odontopediatra com história de tentativa de bloqueio regional do nervo alveolar inferior do lado direito com agulha gengival longa. Ao iniciar o procedimento, o paciente inesperadamente movimentou-se bruscamente levando ao acidente. A profissional informou a situação aos pais e encaminhou o paciente para o Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada da FOA. Após avaliação imaginológica, o paciente foi submetido a remoção da agulha fraturada por meio do auxílio de radioscópio no centro cirúrgico sob anestesia geral. A partir do caso apresentado, a prevenção ainda é a melhor conduta, utilizando agulha de calibre compatível com o procedimento e idade do paciente, evitando a introdução total da mesma nos tecidos, bem como não dobrar ou torcer. Mesmo que se adotem todas estas condutas, e o acidente ocorrer, o profissional deve saber conduzir o caso adequadamente e encaminhar para o serviço mais especializado.
Palavras-chave
Cirurgia, diagnóstico, complicações