Revista de Odontologia da UNESP
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Revista de Odontologia da UNESP
Resumo de Congresso

Descompressão de cisto odontogênico inflamatório: relato de caso

Salzedas, L. M.; Oliveira, J. C. S.; De Almeida, R. S.; Aranega, A.M.; Bassi, A.P.F.; Garcia-Júnior, I.R.

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Resumo

Existem várias formas de tratamento que podem ser utilizadas quando nos deparamos com uma lesão cística odontogênica inflamatória nos maxilares, dentre elas podemos citar a enucleação, a marsupialização e a descompressão. Esta última consiste em uma técnica que utiliza um dispositivo, ou seja, um obturador instalado adjacente à lesão, para que se façam irrigações intralesionais, evitando o crescimento da lesão e estimulando a sua diminuição devido à neoformação óssea. Os autores relatam um caso clínico de um cisto inflamatório em uma paciente jovem, em que foi utilizada esta manobra técnica em virtude de seus benefícios se sobreporem às desvantagens. Paciente do gênero feminino, 13 anos de idade, acompanhada pela mãe, foi encaminhada pelo ortodontista para o Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia de Araçatuba por apresentar uma imagem radiolúcida unilocular na região de corpo mandibular lado esquerdo que impedia o movimento normal de erupção do elemento dentário 35. Na avaliação clínica extrabucal, observa-se discreto aumento de volume na região bucal do lado envolvido, e na vista intrabucal, a mucosa se apresentava com coloração normal, mas flutuante à palpação, sugerindo fenestração da cortical vestibular. Após discussão com os pais sobre as opções de tratamento levando-se em consideração a idade e as características clínicas e radiográficas, optou-se pela descompressão da lesão cística. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico sob anestesia local, e após todo o preparo pré-cirúrgico, foi realizada a punção aspirativa, confirmando a presença de líquido no interior da lesão. Em seguida, foi executada a extração dentária do elemento 75. Uma quantidade suficiente da cápsula da lesão foi então removida e no alvéolo antes ocupado pelo dente, foi colocado um conta-gotas. A paciente e os seus pais foram instruídos sobre as condutas pós-operatórias de higienização e irrigações com soro fisiológico 0,9%. Após 3 meses de acompanhamento, constatamos melhora considerável do quadro clínico e radiográfico, com retorno do processo eruptivo normal do dente permanente. A descompressão é uma técnica cirúrgica simples, com baixa morbidade operatória, evita danos à estruturas adjacentes importantes quando bem indicada, apesar de possuir desvantagens como irrigações frequentes e a presença “in situ” da lesão.

Palavras-chave

Cisto, cirurgia, descompressão
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