Célula mioepitelial, invasão celular e produção de metaloproteinases- estudo in vitro
Rodrigues, N. S.; Silva, C. A. B.; Brito, V. G. B.; Martinez, E. F.; Araújo, V.C.; Furuse, C.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência das células mioepiteliais (CME) de adenomas pleomórficos (AP) de glândula salivar, por meio de seus meios condicionados (MC), na produção de MMP-2 e MMP-9 por células epiteliais malignas, relacionando com o índice de invasão. Realizou-se ensaios de invasão com células de Carcinoma Epidermoide Bucal e Adenocarcinoma Ductal (CAL27 e HS578T, ATCC, USA) cultivadas em câmaras de invasão com membranas com poros de 8μm recobertas com matrigel, adaptadas a placa de 24 poços. Nos grupos experimentais, foi adicionado MC de CME de 3 APs diferentes (AP3, AP8 e AP15). No grupo controle, as células foram cultivadas em DMEM. Após 96h, contou-se o número absoluto de células que invadiram a membrana. Para a verificação da produção e atividade das MMP-2 e MMP-9 foram realizados teste ELISA e Zimografia. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA e Tukey (p<0,05) e demonstraram que os MC do AP3 e AP15 aumentaram 240% e 250%, respectivamente, a invasão da CAL27 (p<0,01), enquanto que o do AP15 reduziu 200% a invasão da HS578T (p<0,01). HS578T produziu quase 2 vezes mais MMP-2 totais do que as células CAL27, e, surpreendentemente, as AP3, AP8 e AP15 produziram muito mais que as HS578T (P<0,01). A MMP-9 não apresentou níveis detectáveis. Resultados similares foram observados na zimografia. Concluímos que a adição dos MC às células malignas aumentou seu potencial invasivo, provavelmente devido a grande quantidade de MMP-2 produzidas pelas células benignas e não pela estimulação de sua produção pelas malignas. A MMP-9 parece não estar envolvida no processo.