Influência de soluções desinfetantes convencionais e fitoterápicas sobre a dureza SHORE A de um silicone facial
Cunha, B. G.; Goiato, M.C.; Santos, D. M.; Turcio, K. H. L.; De Almeida, R. S.; De Almeida, M. T. G.; Guiotti, A.M.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
A associação entre infecções e pacientes usuários de próteses é fato observado pelos protesistas, especialmente quando a higienização é deficitária. A utilização de protocolos de desinfecção convencionais mostra que o processo nem sempre é efetivo, podendo inclusive alterar as propriedades do material. Assim, a fitoterapia passa a ter relevância científica. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de soluções desinfetantes convencionais (água e sabão neutro e clorexidina a 4%) e extratos de plantas (Cymbopogon nardus e Hydrastis canadenses) durante 30 dias, sobre a dureza de um silicone para prótese facial analisado em durômetro digital, antes e após envelhecimento acelerado. Foram confeccionadas 150 amostras utilizando-se um pigmento e um opacificador, obtendo-se três grupos (incolor, incolor com opacificador e pigmentado com opacificador). Para o grupo incolor com opacificador, o hydrastis e a lavagem com água e sabão promoveram uma redução estatisticamente significativa na dureza do material em relação ao período inicial. O envelhecimento promoveu um aumento da dureza para todos os grupos analisados. Quando os grupos foram comparados entre si, notou-se que o opacificador teve influência estatisticamente significativa no aumento da dureza, entretanto o uso do pigmento promoveu um efeito contrário. Concluiu-se que as soluções de citronela e clorexidina não promoveram alteração na dureza do material independente do grupo; o uso de opacificador e o envelhecimento aumentaram a dureza do material, enquanto que o pigmento promoveu sua redução.
Palavras-chave
Prótese maxilofacial, fitoterapia, desinfecção.