O peróxido de hidrogênio contido no gel clareador é capaz de causar alterações nas estruturas dentárias e danos no tecido pulpar. Este estudo verificou a influência do número de sessões de clareação sobre a polpa dentária de ratos Wistar. 50 ratos machos foram divididos em 5 grupos experimentais: 1S- 1 sessão clareadora; 2S- 2 sessões; 3S- 3 sessões; 4S- 4 sessões e 5S- 5 sessões. Os animais foram anestesiados e receberam o gel clareador sobre os molares superiores direito. Após 2 dias, foram mortos e as maxilas removidas e processadas para avaliação sob microscopia óptica. As reações no tecido pulpar foram analisadas através de escores: 1-ausência de células inflamatórias ou em número desprezível; 2-infiltrado inflamatório discreto (menos de 25 células por campo); 3-infiltrado inflamatório moderado (entre 25 e 125 células por campo); 4-infiltrado inflamatório severo (mais que 125 células por campo). Os molares esquerdo serviram como controle (GC). Os resultados foram submetidos à analise estatística pelo teste de Kruskall-Wallis/Dunn (p<0,05). Com uma sessão, os cornos pulpares apresentaram tecido pulpar necrosado, e infiltrado inflamatório subjacente. Todos os grupos apresentaram diferenças significativas com o GC nesta região. Com aumento do número de sessões clareadoras,houve maiores alterações teciduais, e após 5 sessões observouse tecido pulpar necrosado até o terço médio da polpa radicular, e infiltrado inflamatório severo no terço apical. Concluiu-se que o número de sessões clareadoras influencia diretamente nos danos causados à polpa dentária.