Prevalência de alterações bucais em pacientes de 0 a 36 meses da Bebê Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
Barbosa, A. F. G.; Aguiar, S.M.H.C.A.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
As alterações bucais podem estar presentes desde o nascimento e ou podem se manifestar meses ou anos mais tarde, refletindo em modificações no crescimento e/ou de desenvolvimento de estruturas. O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência de alterações bucais e sua distribuição de acordo com o tipo, faixa etária, gênero e o tratamento estabelecido para o diagnóstico. Foi feita uma análise dos prontuários de pacientes de 0 a 36 meses da Bebê Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, no período de 2007 a 2013, sendo um total de 1493 prontuários, dos quais 386 continham registro de alteração bucal. Com relação às alterações em tecidos moles, as mais prevalentes foram: nódulos de Bohn, língua geográfica, freio labial com inserção baixa, afta e gengivoestomatite herpética. Já as mais prevalentes em tecidos duros foram: mancha dental hipoplásica, mancha branca, cárie dental, sulco pigmentado e mancha extrínseca. As alterações de tecido mole apresentaram maior prevalência na faixa etária de 0 a 12 meses e as de tecido duro na faixa etária de 25 a 36 meses. Deste modo, conclui-se que as alterações bucais ocorrem com mais frequência na faixa etária de 0 a 12 meses, não estão associadas ao gênero e em poucos casos, houve a necessidade de tratamento, sendo que na maioria foi instituídos orientações e acompanhamento. Portanto, a atenção odontológica precoce ao bebê torna-se cada vez mais imprescindível, pois possibilita o diagnóstico de diversos tipos de alterações bucais, bem como o esclarecimento aos pais e/ou responsáveis sobre a conduta terapêutica mais adequada.
Palavras-chave
Odontopediatria, estomatologia, doenças da boca.