Análise da procura por atendimento odontológico durante a gestação
Oliveira, P. H. C.; Moimaz, S.A.S.; Rocha, N. B.; Garbin, C.A.S.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
As gestantes são um grupo prioritário nas políticas de saúde, pois na gestação, a mulher está mais susceptível a desenvolver hábitos que possam trazer melhorias à sua saúde e do seu bebê, entretanto existem muitas crendices que as impedem de procurar o tratamento odontológico. Objetivou-se analisar a procura por atendimento odontológico das gestantes e os fatores relacionados. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, no qual foram analisados prontuários de gestantes atendidas (n=81) no Programa de Atenção Odontológica às Gestantes da FOA-UNESP do ano de 2013. Os dados foram analisados no Programa Epi Info 3.5.2. A Idade média foi de 24,6 anos, sendo que: 70,4% moravam com seus parceiros, 51,9% estavam na primeira gestação, 37% estava no segundo trimestre de gravidez, 44,4% era da cor branca, 51,9% tinha renda familiar baixa e 49,4% com ensino médio completo. Do total, 56,8% perceberam alguma alteração em sua boca, mas somente 24,7% procuraram o cirurgião-dentista, sendo que os motivos da procura foram dor de dente (41,3%), rotina (19,0%), cárie (17,5%), sangramento gengival (14,3%), problemas com o hálito (6,3%) e outros (1,6%). Apenas 32,5% das pacientes receberam orientações sobre saúde bucal durante a gestação. Do total, 79 gestantes passaram por avaliação odontológica e 67,1% destas tinham necessidade de tratamento odontológico. Conclui-se que embora as gestantes tenham necessidades de tratamento odontológico, poucas gestantes procuraram o serviço.
Palavras-chave
Saúde bucal, gestantes, educação em odontologia.