A amplitude e precisão dos movimentos mandibulares parecem depender da saúde e integridade das estruturas orofaciais. Podem ocorrer prejuízos na articulação da fala e na qualidade de voz, associados aos distúrbios da ATM, tais como: redução da amplitude do movimento mandibular, modificações da qualidade vocal e desvios em lateralidade durante a fala. A finalidade deste estudo foi verificar os efeitos das DTMs nos movimentos mandibulares durante a fonação por meio da Eletrognatografia. Assim, foram avaliados 12 pacientes com DTM muscular (GS) e 12 assintomáticos (GA ou Controle). Foram avaliados os movimentos mandibulares durante a fala, utilizando o eletrognatógrafo (BioEGN – BioPak system, Bio-Research Associates, Inc., Milwaukee, WI). Os dados foram analisados pelo Teste t de Student (p<0.05). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos GA e GS para a amplitude máxima de abertura e para o desvio lateral na abertura máxima. Não foram encontradas diferenças entre a velocidade de abertura e de fechamento para GA. Para o grupo GS houve diferença. Entre os grupos GA e GS, não houve diferenças na velocidade de abertura e fechamento. O deslocamento mandibular lateral não apresentou diferenças entre os Grupos. Pôde-se concluir que a amplitude e os desvios nos movimentos mandibulares na fonação (nos planos sagital, frontal e horizontal) não foram afetados pela presença de DTM, contudo, a velocidade de abertura e fechamento foi diferente entre pacientes sintomáticos.