A ruptura social infanto-juvenil e sua inferência na representação de Conselheiros Tutelares
Garbin, C.A.S.; Bordin, Danielle; Fadel, C.B.; Garbin, A.J.I.; Saliba, N.A.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Este estudo introduz o tema das representações de conselheiros tutelares com o objetivo de ampliar a compreensão do universo desses atores sociais e conhecer as implicações sobre a dinâmica do seu processo de trabalho. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo-exploratório qualitativo. Para a coleta de dados foi utilizado questionário semi-estruturado e entrevista informal, e o material foi tratado através da técnica de análise do Discurso do Sujeito Coletivo. As percepções dos conselheiros tutelares transcorreram pelo reconhecimento de alguns aspectos terminantes e inerentes à sua práxis como a impotência frente aos perturbadores cenários sociais a que são expostos, adjudicada a restrição do alcance de sua atuação veiculada a entraves estruturais das redes vigentes de proteção social e pela baixa adesão da população ao seu processo de trabalho. Evidenciaram também, uma satisfação arraigada a desdobramentos laborais considerados concluídos e aos que inferem positivamente sobre a violência infanto-juvenil e, estas por sua vez, são consideradas o combustível para uso de suas aptidões e funções. Essas considerações de conselheiros alertam sobre a necessidade de se observar os instrumentos de proteção, prevenção e atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência, para contribuir ao reconhecimento de parâmetros que norteiem a relação intersubjetiva entre o conselheiro tutelar e a sua práxis.
Palavras-chave
Violência, criança, adolescente, relações comunidade-instituição