Respiração bucal e pacientes com paralisia cerebral assistidos no CAOE – UNESP, Araçatuba
Renesto, A. B. R.; Baldessim, G. B.; Zito, A.R.A.; Ferreira, A. S. P.; Bombonatti, A. L.; Ferreira, N.S.P.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Paralisia cerebral (PC) designa seqüela de caráter não progressivo que acomete o sistema nervoso central, imaturo ou em desenvolvimento, podendo atingir crianças em situação intra-uterina. Tal fato desencadeia deficiências posturais, de tonicidade, atingindo a execução de seus movimentos. Desordens no desenvolvimento motor, advindas de lesões cerebrais primárias ocasionam giro posterior da mandíbula, palato ogival, respiração bucal, mastigação e deglutição alteradas, face estreita, com predominância do crescimento vertical e má oclusão. Não obstante o número e diversidade de efeitos prejudiciais e sequelas decorrentes da paralisia cerebral, este estudo teve por objetivo, avaliar a relação entre a paralisia cerebral e seus reflexos na respiração bucal e suas características físicas. Como material e método, foram avaliados quarenta e sete pacientes com várias idades e de ambos os sexos, com diagnóstico de paralisia cerebral, assistidos no Centro de Assistência Odontológica a Pessoa com Deficiência, CAOE-UNESPAraçatuba. Os resultados evidenciaram que, dos 47 pacientes analisados, 28 apresentavam respiração bucal, com percentual de 59,5%. Os resultados permitiram concluir que a alta prevalência de respiração bucal nos pacientes com PC desenvolvem a hipertrofia de tonsilas faríngeas e palatinas, rinite, alergia, e deformidades palatais, como adaptação para a respiração.
Palavras-chave
Paralisia cerebral, respiração bucal, pessoas com necessidades especiais