Nas últimas décadas, a avaliação da qualidade de vida (QV) dos indivíduos que apresentam patologias tornou-se habitual nos ambientes clínicos. O objetivo do estudo foi investigar a QV pacientes com doença hepática crônica (DHC). Trata-se de um estudo transversal realizado com 133 pacientes que utilizou três instrumentos: questionário sociodemográfico, chronic liver disease questionnaire (CLDQ) e índice MELD (Model End-Stage Liver Disease). As variáveis foram expressas em frequências, porcentagens, médias e desvio padrão. A análise estatística constou do coeficiente de correlação de Pearson, teste t de Student e análise de variância (p <0,05 foi considerado significativo). A média de idade dos pacientes foi de 50,5 anos, 66,2% era do gênero masculino, 70,7% brancos e 43,6% dos inquiridos relataram renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. A maioria dos pacientes era portador de hepatite C (56,4%) e apresentava índice MELD baixo. Quanto ao CLDQ, o domínio abdominal foi o mais afetado pela doença, apresentando menor média (16 ± 6,25). Verificou-se que a gravidade da DHC aumenta com a idade, por meio da existência de correlação positiva entre as variáveis idade e MELD (r= 0,185, p=0,033). Os pacientes com renda familiar maior possuem melhor QV, fato este comprovado pela correlação positiva entre as variáveis CLDQ e renda familiar (r= 0,187, p= 0,031). Conclui-se que há degradação da QV dos doentes hepáticos devido aos sinais e sintomas da doença, e fatores socioeconômicos.