Hábitos bucais deletérios em pacientes com paralisia cerebral
Menezes, M.C.; Ferreira, N.S.P.; Faria, L.P.; Topolski, F.; Ferreira, A. S. P.; Cuoghi, O.A.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Os hábitos bucais deletérios podem predispor ao desenvolvimento de diferentes tipos de más oclusões, como mordida cruzada, mordida aberta e discrepâncias maxilomandibulares. A paralisia cerebral é uma encefalopatia crônica não progressiva, que leva a diferentes graus de comprometimento neuromuscular. O conhecimento das características dentárias associadas à paralisia cerebral é fundamental para a qualidade do atendimento odontológico prestado a esses pacientes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de hábitos bucais deletérios em pacientes com paralisia cerebral, visando melhor embasar os profissionais que prestam assistência odontológica aos mesmos. Foram avaliados 36 pacientes (25 masculino e 11 feminino), na faixa etária dos 5 aos 46 anos, atendidos no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Odontologia, Câmpus de Araçatuba (FOA/UNESP). Os hábitos bucais deletérios observados foram: respiração bucal (55,6%), interposição lingual (44,4%), interposição labial (22,2%), deglutição atípica (16,7%), onicofagia (16,7%), sucção digital (11,1%) e sucção de chupeta (5,6%). A prevalência de hábitos bucais deletérios em pacientes com paralisia cerebral é alta. Os resultados obtidos reforçam a necessidade de assistência odontológica a esses pacientes, enfatizando a importância do enfoque preventivo, dentro de uma equipe interdisciplinar.
Palavras-chave
Paralisia cerebral, má oclusão, respiração bucal.