Quantificação da penetração trans-amelodentinária de H2O2 em dentes restaurados
Gonçalves, V.M.; Azevedo, F.A.; Gallinari, M.O.; Gonçalves, R.S.; Santos, P.H.; Briso, A.L.F.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
As interfaces dente/restauração representam vias expressas de penetração de H2O2, portanto este estudo objetivou quantificar a penetração de H2O2 em dentes restaurados, submetidos ao tratamento clareador. Foram obtidos 75 discos esmalte/dentina a partir de incisivos bovinos, sendo divididos em 5 grupos (n=15): GI- discos íntegros; GII- somente com preparo cavitário; GIII- restaurados com sistema adesivo e resina composta; GIVrestaurados com cimento de ionômero de vidro modificado por resina; GV- preparo impermeabilizado com adesivo autocondicionante. Após 48 horas da realização das restaurações, os discos foram posicionados em câmaras pulpares artificiais que continha em seu interior solução tampão de acetato, e realizada uma sessão clareadora empregando produto a base de PH a 35%. Posteriormente, as mesmas amostras receberam 10.000 ciclos térmicos com temperaturas de 5 e 55°C e foi realizada a 2ª sessão clareadora. Após cada procedimento clareador, as soluções de acetato foram coletadas, processadas e submetidas à análise da densidade óptica em Espectrofotômetro. Os dados obtidos foram submetidos aos testes ANOVA e Fisher ao nível de 5%. O resultado mostrou diferença significativa na penetração de H2O2 nas diferentes condições de substrato e momentos de análise (p<0.0001). Após a termociclagem os dentes restaurados apresentaram aumento na penetração de agentes clareadores (p<0.05). Concluiu-se que a presença de restaurações e o envelhecimento térmico das mesmas contribuem para a permeação de agentes clareadores através da estrutura dental.
Palavras-chave
Peróxido de hidrogênio, restauração dentária permanente, clareamento dental.