O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de produzir e tolerar ácidos e formar biofilmes de algumas bifidobactérias e lactobacilos e comparar com espécies relacionadas com a etiologia da cárie. Cepas de Bifidobacterium lactis, B. longum, B.animalis, B. dentium, Lactobacillus acidophilus, L. casei, L. casei shirota, Actinomyces israelli, S. sobrinus e duas cepas de S. mutans foram reativadas em meios específicos. Foram realizados os testes de acidogenicidade, verificando o pH das culturas após 0 a 240 min de exposição a glicose (5M) e o teste de aciduricidade, verificando o crescimento em UFC/ml após 60 min da exposição aos pHs 7,0, 5,0 e 2,8. O teste de biofilme avaliou a biomassa do biofilme em placas de poliestireno. Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente (ANOVA ou Kruskal-Wallis), considerando p<0,05. Os resultados mostraram que as espécies B. longum, B. animalis, L. casei e A. israelli foram significantemente mais acidogênicas e acidúricas que as demais espécies avaliadas. Quando combinadas com S. mutans, B. longum e A. israelli apresentaram os maiores valores de biomassa de biofilme. Esses achados indicam outras espécies não mutans, como as bifidobactérias, apresentam capacidade acidogênica, acidúrica e auxiliam na formação do biofilme e poderiam contribuir para a progressão de lesões de cárie.