O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do diâmetro e do tipo de agente estabilizante de nanopartículas de prata (NPs) na sua atividade antifúngica contra biofilmes maduros (48 horas) de Candida albicans e Candida glabrata. Utilizou-se NPs com diferentes diâmetros (5, 10 e 60 nm), as quais foram sintetizadas pela redução do nitrato de prata com citrato de sódio e estabilizadas com amônia ou polivinilpirrolidona. A atividade antibiofilme das NPs foi determinada através da quantificação da biomassa total (usando a coloração de violeta cristal) e quantificação das células cultiváveis. Os dados foram analisados estatisticamente através da Análise de Variância seguida do Teste de Bonferroni, com nível de significância de 5%. Os resultados de quantificação da biomassa total mostraram que as suspensões coloidais de NPs foram muito efetivas somente contra biofilmes de C. glabrata, alcançando reduções de 90% quando tratados com NPs a 108 μg/mL. O tratamento dos biofilmes de C. albicans e C. glabrata com NPs em concentrações iguais ou maiores que 108 μg/mL promoveu reduções significativas (p < 0,05) no número de células cultiváveis. Entretanto, observou-se que o diâmetro da partícula e o tipo de agente estabilizante não interferiram na atividade antifúngica de NPs contra biofilmes de Candida (p > 0,05). Portanto, este estudo sugere que NPs tem potencial terapêutico antifúngico, podendo contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias que favoreçam a saúde oral e qualidade de vida dos usuários de próteses totais.