A osseointegração dos implantes dentários depende do material empregado, processo de fabricação, condições de usinagem, tipo do osso que o recebe, técnica cirúrgica empregada, características da prótese que será aplicada sobre o implante e condições de carregamento durante a mastigação. Sobretudo é fortemente dependente da interação celular e a superfície do implante. Nanotubos de óxido de titânio têm sido objeto de estudos recentes em relação à sua capacidade de promover diferenciação de várias linhagens celulares. Avaliou-se a molhabilidade da camada de nanotubos de óxido de titânio (TiO2) preparada por oxidação anódica na superfície de implantes de titânio comercialmente puro (TiCp) ASTM F67/Grau 4. Nanotubos foram crescidos por anodização utilizando glicerol‑H2O DI (50-50 v / v) + NH4F (0.5-1,5%/10-20V) por 3 horas a 37 º C. Após a formação de nanoestruturas a topografia da superfície foi avaliada quanto à quantidade, diâmetro e altura dos nanotubos por meio de microscópio de varredura de emissão de campo (FE-SEM). A molhabilidade foi avaliada pela mensuração do ângulo de contato obtido na superfície anodizada utilizando-se Goniômetro300F1(Ramé-Hard Inst.Co) no modo gota séssil/5 gotas/ml. Como grupo controle foi utilizada superfície não-anodizada de TiCp. Os resultados mostraram valores médios de 39,1 ° para superfície com nanotubos e 75,9° para superfície não-anodizada.Concluiu-se que o crescimento de nanotubos foi efetivo nas condições experimentais utilizadas e permitiu maior molhamento, menor tensão e maior energia na superfície do titânio.