Globin como enxerto para tecido conjuntivo: análise em 7 e 30 dias
Parreira, T. B. G.; Iwai, A. A.; Ramos, S. P.; Neto, A. C.; Page, T.; Tayot, J. L.
Rev. odontol. UNESP, vol.43, nEspecial, p.0, 2014
Resumo
Os tecidos conjuntivos são responsáveis por várias funções biológicas no organismo e dependendo do tipo de agressão ao tecido pode sofrer regeneração ou cicatrização, acarretando em perda da arquitetura normal da área com formação de cicatrizes ou fibrose. Existe uma disponibilidade de materiais biocompatíveis a fim de favorecer a regeneração ou reparo do tecido perdido. Uma das moléculas de grande importância para esse tipo de enxerto, é a hemoglobina, a qual além do papel no transporte e regulação da concentração de oxigênio, estas moléculas possuem propriedades biológicas relacionadas ao potencial de oxidação/redução, ou como substratos enzimáticos intracelulares. Este estudo avaliou o comportamento de células subcutâneas de ratos após enxerto de Globin, adicionado a um veículo pastoso, em intervalo de tempo de 7 e 30 dias. Grupo teste com 20 camundongos machos fornecidos pelo Biotério da UEL, receberam inoculação de Globin no tecido conjuntivo da derme na região do dorso, mucosa jugal e periósteo da calvária e posteriormente realizado lâminas para avaliação histológica. Os resultados observados em 7 dias foram alguns vasos sanguíneos encontrados perto da reação inflamatória. Em 30 dias foram observados apenas alguns vasos sanguíneos, presença de fibroblastos e fibras colágenas ao redor do infiltrado inflamatório. Como conclusão, foi possível observar uma biocompatibilidade do Globin junto ao tecido conjuntivo favorecendo sua regeneração/reparo e uma leve resposta do infiltrado inflamatório, sendo uma boa opção de material para enxerto.
Palavras-chave
Tecido conjuntivo, biomateriais, hemoglobina.