A manutenção da saúde bucal depende do correto controle de biofilme dental realizado pelo indivíduo, o mesmo ocorrendo em implantes. A proposta deste trabalho foi avaliar a capacidade de acesso a uma correta higiene nos sítios com implantes de indivíduos com mucosite peri-implantar. As variáveis observadas foram: índice de placa (IP), sangramento à sondagem (SS) e acesso/capacidade de higiene bucal no implante. Um total de 26/38 indivíduos, 66/148 implantes, 138/888 superfícies não tinham acesso a um adequado controle mecânico do biofilme. A análise dos parâmetros clínicos demonstrou que os implantes sem acesso apresentaram maiores médias de índice de placa inicial comparados aos implantes com acesso. No entanto, não houve diferença no sangramento à sondagem. Aproximadamente 36% dos implantes na maxila e 53% da mandíbula, permaneceram recobertos por placa após higiene bucal assistida. Houve diferença significante na prevalência de implantes com e sem acesso na maxila e mandíbula. Considerando o grupo de dentes, a prevalência de implantes sem acesso foi maior entre os molares na mandíbula e na boca toda. Por outro lado, na maxila, a prevalência de incisivos e caninos foi maior que a de prémolares e molares. A maior frequência de superfícies sem acesso foram as linguoproximais. Os resultados deste estudo indicaram que muitas próteses sobre implante são construídas sem que haja cuidado por parte do cirurgião dentista em garantir ao paciente que ele poderá facilmente manter a sua prótese limpa com procedimentos de limpeza caseiros.