A erupção passiva alterada (EPA) é uma situação clínica em que pode ocorrer excesso gengival cobrindo os limites do esmalte, resultando em aparência de coroa clínica curta. O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento de um caso de EPA associada à gengivite realizado na Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP, em paciente do sexo feminino, leucoderma, 18 anos de idade. A paciente queixava-se de dificuldade para realização dos procedimentos de higiene bucal e sangramento gengival, demonstrando desejo de aumentar a coroa clínica dos dentes anteriores superiores e inferiores. Após anamnese e realização de exames clínico e radiográfico, diagnosticou-se gengivite e EPA na região anterior superior e inferior, com pseudorecessões em algumas áreas. A terapia periodontal inicial relacionada à causa foi realizada. Na reavaliação, constatou-se a permanência da EPA e a possibilidade de tratá‑la com a cirurgia plástica periodontal. Foi realizada a técnica de gengivoplastia para restituir as características anátomo-funcionais normais do periodonto de proteção, com o objetivo de facilitar a realização dos procedimentos de higiene bucal e melhorar a estética. O pós-operatório foi acompanhado durante várias sessões, constatando-se o sucesso clínico do tratamento. Conclui-se que a EPA pode ser facilmente corrigida pela cirurgia plástica periodontal. A motivação da paciente em manter a higiene bucal é fundamental para a manutenção da saúde periodontal