O tratamento cirúrgico do câncer bucal pode resultar em grave sequela anatômica e consequentemente acarretar distúrbios funcionais, estéticos, e psicológicos. Buscando melhorias na qualidade de vida de pacientes maxilectomizados e de sua reintegração social, as próteses obturadoras maxilares tornam-se um importante recurso terapêutico no processo de reabilitação desses pacientes, minimizando os distúrbios funcionais, estéticos e psicológicos. Sendo que, as condições anatômicas especificas presentes em cada caso de maxilectomia impõem planejamento diferenciado. Paciente A.LA., sexo feminino, 32 anos, após ser submetida a tratamento cirúrgico para remoção de Carcinoma Adenóide Cístico, correspondente a uma maxilectomia Classe Ib de Okay, com envolvimento da região posterior esquerda e perda do rebordo alveolar, foi encaminhada a Clínica de Prótese da Faculdade de Odontologia da UNIFAL-MG. Depois de minuciosa anamnese e exame clínico, onde foi possível verificar, como sequela da cirurgia, comunicação buco-sinusial, optou-se por confeccionar prótese obturadora parcial removível. Realizou-se moldagem anatômica e funcional, a partir da qual foram construídos modelos de trabalho, possibilitando a confecção da prótese, sendo a mesma instalada na paciente, sofrendo os ajustes clínicos necessários. A reabilitação tardia pós-maxilectomia parcial através de prótese obturadora palatina mostrou ser uma opção de tratamento eficiente para o caso de maxilectomia Classe Ib de Okay, restabelecendo a função mastigatória e a estética da paciente, otimizando sua qualidade de vida e reinserção social.