Tratamento cirúrgico de infecção periorbitária
Rufatto, C. C.; Gabrielli, M. A. C.; Pereira-Filho, V. A.; Veras Filho, R.; Watanabe, E. R.
Rev. odontol. UNESP, vol.42, nEspecial, p.0, 2013
Resumo
Entre as complicações da sinusite etmoidal, as que envolvem a região orbitária são as mais frequentes, isso se deve principalmente às íntimas relações da cavidade orbitária e o seio etmoidal (WEIZMAN, 1986). A drenagem venosa periorbitária é realizada por veias avalvulares que interconectam os seios paranasais com a órbita. Este sistema de anastomose permite que a trombose e a flebite progridam para essa estrutura adjacente inclusive envolvendo estruturas intracranianas (HARRIS, 1983), o que torna a infecção periorbitária de perigosa. O trabalho a ser apresentado relata o caso de um paciente de 10 anos de idade, que foi atendida no Serviço de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial devido à edema periorbitário do lado esquerdo com consistência flutuante, dor à palpação, calor e eritema local. Após analisados os exames de imagem foi diagnosticada celulite periorbitária e então realizada intervenção cirúrgica para a drenagem sob anestesia geral. Após 10 dias de acompanhamento, o quadro não apresentou regressão satisfatória, portanto a paciente foi avaliada e então submetida a um procedimento cirúrgico para sinusectomia etmoidal vidioscópica por acesso endonasal. No momento a paciente encontra-se em pós-operatório de 1 ano e 2 meses e não apresenta recidiva da infecção. A abordagem multidisciplinar da celulite periorbitária de origem etmoidal é essencial para o sucesso no tratamento.
Palavras-chave
Sinusectomia, celulite periorbitária, etmoidal