O osteocondroma é um dos tumores ósseos benignos mais comum. Apesar de ser bastante frequente nos ossos longos, sua presença na região oral e maxilofacial é bastante rara, sendo estes de maior frequência em côndilo e processo coronóide mandibulares. Muitas vezes são descobertos ao acaso, durante o período de crescimento, antes da segunda infância ou adolescência. Alguns dos sinais mais comuns dessa patologia na região de côndilo mandibular são dificuldade de abrir a boca, dor na articulação e desvio de abertura bucal. Assimetria e deformidades faciais tornam-se perceptíveis. O osteocondroma é usualmente tratado com excisão cirúrgica, num procedimento chamado de condilectomia baixa. O objetivo desse trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente do sexo feminino, de 19 anos, a qual procurou atendimento odontológico devido a presença de assimetria facial e má oclusão. A paciente já havia passado por tratamento ortodôntico na infância, porém durante a fase de crescimento, houve o desenvolvimento do tumor, gerando uma nova má oclusão. O tratamento envolveu a condilectomia, em um primeiro momento, e posteriormente, o tratamento ortodôntico complementado pela cirurgia ortognática para correção definitiva da má oclusão. Atualmente a paciente encontra-se em acompanhamento de 2 anos, e não há sinais de recidivas. Podemos concluir que o tratamento realizado obteve êxito não somente em remover a lesão, mas também em reabilitar a oclusão da paciente.