Leucoplasia oral: acompanhamento de um caso por três anos
Barbosa, P. B.; Orrico, S. R. P.; Fernandes, D.; Andrade, C. R.; Massucato, E. M. S.
Rev. odontol. UNESP, vol.42, nEspecial, p.0, 2013
Resumo
A leucoplasia é definida como uma placa branca não raspável, sendo considerada como uma lesão epitelial potencialmente maligna. Sua coloração branca é resultado de um espessamento da camada superficial de queratina, havendo uma predileção pelo sexo masculino acima dos 40 anos. As regiões mais comuns de seu aparecimento são: a semimucosa labial, a mucosa jugal e a gengiva. O diagnóstico é obtido a partir da realização da análise histopatológica excluindo qualquer outra doença que clinicamente possa se apresentar semelhante. O presente caso refere-se a um paciente do sexo masculino, A.C, 62 anos, portador de diabetes, hipertenso, fumante, etilista crônico, que se apresentou ao Serviço de Medicina Bucal (SMB) com queixa de placa branca indolor, presente há 20 anos no lábio inferior. Ao exame clínico foi observada placa branca, não destacável, irregular, indolor, localizada no lábio inferior (semimucosa). Outras lesões também foram constatadas como a presença de placa branca no palato duro e mucosa jugal bilateralmente. Após a realização de biópsia incisional na lesão presente na região da semimucosa do lábio inferior, sendo que o resultado foi compatível com leucoplasia sem atipias, sendo indicado o uso de protetor labial fator de proteção solar (FPS) 30. A lesão permaneceu estável por três anos, quando ocorreu o aparecimento de nova lesão na língua e realizada outra biópsia revelou a presença de hiperqueratose e acantose no lado direito da língua e acantose epitelial com área de displasia leve no lado esquerdo da língua. Em novo retorno, após um ano, as lesões foram avaliadas e não houve alterações no quadro clínico.
Palavras-chave
Leucoplasia, lesões brancas, lesão potencialmente maligna.