O exame radiográfico é um excelente método auxiliar de diagnóstico em Odontologia e uma das técnicas mais utilizadas como rotina pelos cirurgiões –dentistas no Brasil e no mundo é a radiografia panorâmica. Entretanto, possui as limitações das imagens em 2D que resultam em sobreposição de estruturas, dificultando a análise e interpretação das imagens. O advento da Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC) nos anos 90 trouxe uma alternativa para solicitação de imagens em 3D além da já conhecida Tomografia Computadorizada (TC). Enquanto a área médica já havia se habituado às imagens em 3D disponíveis na TC desde 1970, com exceção do cirurgião bucomaxilofacial, poucos CD conheciam a técnica. Embora exponha o paciente a uma quantidade de radiação menor do que as obtidas nos tomógrafos utilizados na área médica, esta dose é maior se comparada ás imagens convencionais usadas em odontologia. O avanço rápido da técnica trouxe muitos benefícios, entretanto, com o passar do tempo vários autores têm se preocupado com o excesso na prescrição e com riscos da exposição adicional. O aumento na solicitação de exames tomográficos se justifica especialmente nos casos onde a qualidade de imagem e a precisão na localização de reparos anatômicos são necessárias como, por exemplo, com a finalidade de servir como exame complementar para diagnóstico e planejamento cirúrgico. A TCFC deve ser prescrita quando as informações clínicas e obtidas em outras imagens não são ideiais para elaborar o diagnóstico. O paciente deve compreender o custo-benefício da técnica. Neste trabalho serão discutidos os critérios para prescrição da TCFC, indicações, vantagens e desvantagens.