Carcinoma espinocelular bem diferenciado de mucosa oral: relato de caso clínico
Cera, F. F.; Travassos, D. C.; Fernandes, D.; Andrade, C. R.; Massucato, E. M. S.
Rev. odontol. UNESP, vol.42, nEspecial, p.0, 2013
Resumo
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os cânceres da região de cabeça e pescoço são responsáveis por 10% dos tumores malignos, sendo que 5% destes tumores estão localizados na cavidade oral. O carcinoma espinocelular (CEC), tem sido o câncer de boca mais prevalente, apresentando uma frequência de 90 a 96% dos casos diagnosticados. Os fatores de risco para a doença estão relacionados à hereditariedade, fatores ambientais e comportamentais (tabagismo, etilismo, exposição ao sol). Há uma maior frequência da doença em homens, 40 anos ou mais e baixa escolaridade. Assim, apresentamos um caso clínico de carcinoma espinocelular. Paciente J.C.G.G., do sexo masculino, de 54 anos, motorista, fumante há 35 anos. O paciente era hipertenso e fazia uso de Losartan 60mg, assim como fazia uso de medicamento para diabetes, mas não soube especificar o nome. Foi encaminhado ao Serviço de Medicina Bucal, pois havia uma "ferida debaixo da língua, dolorosa e endurecida". Foi observada uma tumefação na região lateral e de ventre da língua, de coloração branca com áreas eritematosas, dolorosa e com aproximadamente 4 cm. A hipótese diagnóstica era de carcinoma espinocelular, sendo solicitado como exame complementar: radiografia panorâmica de urgência e realizada biópsia incisional. Após a análise histopatológica confirmar a hipótese diagnóstica de carcinoma espinocelular, neste caso, bem diferenciado, o paciente foi informado do laudo e encaminhado para tratamento oncológico.
Palavras-chave
Carcinoma espinocelular, câncer bucal, doença bucal.