O estudo avaliou in vivo o efeito do extrato aquoso de Buchenavia tomentosa sobre a infecção da mucosa do palato por C. albicans em um modelo protético experimental. Aparelhos protéticos experimentais foram instalados em 54 ratos (Rattus norvegicus Wistar), machos, cerca de 350 g. A seguir, os aparelhos foram inoculados com suspensão de C. albicans (ATCC 18804) e divididos em 3 grupos, de acordo com o tratamento (n=18): Grupo B. tomentosa (6,25 mg/mL); Grupo bicarbonato de sódio (3% em água destilada); e Grupo controle (solução fisiológica 0,9%). Foram inoculadas 100 μl das substâncias, duas vezes ao dia, conforme o período de tratamento (24, 48 ou 72 horas). Os animais foram submetidos à eutanásia após o fim dos períodos. Foram realizadas análise microbiológica do biofilme formado sobre a prótese e estudo histopatológico da mucosa do palato. Os dados de UFC/aparelho foram comparados estatisticamente por ANOVA Kruskal Wallis e teste de Dunn (p<0,05). Os aparelhos de um animal de cada grupo foram analisados por microscopia eletrônica de varredura. Observou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos Bicarbonato de sódio e B. tomentosa em relação ao grupo controle nos períodos de 24 (p=0.0038), 48 (p=0.0001) e 72 horas (p=0.0005). Os resultados indicaram que o grupo Bicarbonato apresentou valores estatisticamente inferiores ao grupo B. tomentosa nos períodos de 24 (p=0.0002) e 48 horas (p<0.0001). Todavia esta diferença não foi observada no período de 72 horas (p=0.0504). A análise histopatológica mostrou que após tratamento por 72 horas o grupo tratado com B. tomentosa apresentou menor número de hifas no epitélio em relação aos grupos bicarbonato e controle.