Adenocarcinoma polimorfo de baixo grau: uma discussão diagnóstica
Costa-Neto, P. F.; Spolidório, L. C.; Verzola, M.H.A.; Andrade, C. R.
Rev. odontol. UNESP, vol.42, nEspecial, p.0, 2013
Resumo
O adenocarcinoma polimorfo de baixo grau é o segundo tumor maligno mais comum em glândulas salivares da cavidade bucal com 70% dos casos entre as idades de 50 e 70 anos. Aproximadamente 60% das lesões envolvem palato e, clinicamente apresenta-se, comumente, como massa indolor com duração de semanas a até 40 anos. Seu principal diagnóstico diferencial envolve o carcinoma adenoide cístico cujo prognóstico clinico demonstra-se antagônico. O objetivo de nossa apresentação é descrever a necessidade de diagnóstico assertivo e a importância do cirurgião dentista no processo diagnóstico de doenças da cavidade bucal. Apresentamos paciente de 30 anos com lesão ulcerada em região de palato, indolor, sangrante e com história de 15 anos de evolução. Neste período o paciente foi submetido a 6 implantes e diversos tratamentos odontológicos. Após a biópsia o material obtido foi analisado e diagnosticado como adenocarcinoma polimorfo de baixo grau. Devido a importância clinica deste diagnóstico o material foi enviado para interconsulta. O paciente recebeu o laudo e foi encaminhado para tratamento médico/ oncológico. O médico envolvido, solicitou nova biópsia e o diagnóstico foi de carcinoma espino-celular (CEC). Neste caso, embora o diagnóstico estabelecido pelo Serviço e Estudo de Histopatologia da FOAR-UNESP seja o correto, ainda existe dificuldade, por parte de alguns médicos, na consolidação do diagnóstico clinico-patológico baseado em laudos odontológicos.
Palavras-chave
Adenocarcinoma polimorfo de baixo grau, carcinoma espino-celular, diagnóstico histopatológico