Em odontologia, acidentes ocupacionais com exposição à material biológico contaminado podem ocorrer, colocando os profissionais em risco de contaminação por infecções virais de transmissão sanguínea. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência das exposições ocupacionais em estudantes de odontologia e avaliar a taxa de notificação dos incidentes. Um questionário proposto por Stewardson et al, 2002 foi traduzido para o Português e aplicado à 173 estudantes de terceiro, quarto e quinto ano da Faculdade de Odontologia de Araraquara-FOAR/UNESP, no período de outubro de 2011 a novembro de 2011. Os resultados mostraram que 41% dos alunos haviam sofrido acidente de trabalho, e desse total, 35,9% sofreram de 1 a 6 exposições, e outros 5,2% relataram mais de 10 acidentes, desde o início do curso. Do total da amostra, 14,5% não tinham sido vacinados contra o vírus da hepatite B e 50,3% não haviam realizado teste para seroconversão. Trinta e sete alunos (52% dos feridos) não informaram o instrutor sobre a ocorrência do acidente, enquanto 42,2% relataram-no imediatamente, e 5,6% relataram posteriormente. A alta prevalência de exposições indica a necessidade de melhorias das estratégias de ensino, a fim de evitar infecções transmitidas pelo sangue e aumentar a notificação dos acidentes por exposição à material biológico contaminado.