Reconstrução Facial Forense: indicações e métodos
Matos, R. A.; Fernandes, C. M. S.; Miyada, S.; Serra, M. C.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial 2, p.0, 2012
Resumo
Datiloscopia, Odontologia Legal e DNA são métodos primários de identificação humana. Para serem empregados, há que se comparar dados antemortem e post-mortem, o que às vezes não é possível, como quando não se tem ideia de quem possa ser o de cujus. Nestas situações, a Reconstrução Facial Forense (RFF) é geralmente o último recurso a ser utilizado. A partir da análise antropológica do esqueleto é realizada estimativa de ancestralidade, gênero e idade, informações importantes para a realização da RFF, que corresponde à reconstrução da face do indivíduo a partir de seu crânio. A RFF é divulgada na mídia e, se reconhecida, são solicitados aos familiares da suposta vítima informações antemortem para realizar um processo de identificação. Este trabalho fez uma revisão da literatura sobre o tema RFF, suas indicações e métodos. A RFF pode ser 2D ou 3D. Esta pode ser realizada de forma manual – RFF Plástica ou Manual, ou por meio do computador – RFF Digital ou Computadorizada. O Método Russo propõe a aposição de músculos sobre o crânio (ou sua réplica), o Método Americano utiliza dados de espessura de tecidos moles faciais em pontos anatômicos pré-determinados, e o Método de Manchester faz uma combinação dos dois anteriores. Pode-se concluir que a RFF é importante ferramenta forense, que em muito pode auxiliar a Justiça e a sociedade.
Palavras-chave
Antropologia forense; odontologia legal; ciências forenses.