Fraturas de côndilo mandibular: análise prospectiva de 36 meses em um hospital público terciário
Costa, F. H.; Motta-Júnior, J.; Borges, H. O. I.; Stabile, G. A. V.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial 2, p.0, 2012
Resumo
Fraturas dos côndilos mandibulares são altamente prevalentes. Apesar da sua alta incidência, o tratamento dessas fraturas aparece controverso, levando ao estabelecimento de diferentes protocolos de tratamento, que variam desde tratamentos fechados à redução aberta. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de um estudo prospectivo de 36 meses, o perfil epidemiológico de pacientes com fratura do processo condilar da mandíbula, tratamentos empregados, acidentes e complicações associados e resultados funcionais obtidos. Foram analisados 41 casos de fratura de côndilos mandibulares, sendo 15 bilaterais, totalizando 56 fraturas condilares. O gênero masculino foi o mais acometido; Os agentes etiológicos foram: acidentes de trânsito (51%), quedas da própria altura (18%), agressão física (13%), ferimento por projétil de arma de fogo (10%), acidentes de trabalho (5%) e outros (3%). O tratamento cirúrgico foi realizado em 30% dos casos, sendo o restante conduzido de maneira conservadora. Dos 41 pacientes, 11 apresentaram complicações, sendo 47% decorrentes do tratamento cirúrgico. Conclui-se que o principal perfil de pacientes encontrados foi de adultos, gênero masculino e vítimas de acidentes de trânsito com limitação de abertura bucal e desvio de linha média mandibular durante abertura sendo as principais sequelas permanentes.
Palavras-chave
Fratura de mandíbula; epidemiologia; côndilo mMandibular.