Risk factors associated with nonsyndromic oral clefts in a Brazilian population: a case-control study
Fatores de risco associados a fissuras orais não sindrômicas numa população brasileira: estudo caso-controle
Tamburini, Adriana Boeri Freire; Barros, Letízia Monteiro de; Parnaíba, Lívia Máris Ribeiro; Bonan, Paulo Rogério Ferreti; Politano, Gabriel Tilli; Martelli, Daniella Reis Barbosa; Martelli-Júnior, Hercílio
Rev. odontol. UNESP, vol.41, n3, p.12-12, 2012
Abstract
Background: Cleft lip and/or palate are the most common congenital anomalies of the face. In 70% of cases, such congenital anomalies occur in a nonsyndromic form. Purpose: To conduct a case-control study in order to detect possible risk factors for nonsyndromic cleft lip and/or cleft palate in a group of Brazilian patients. Material and method: A questionnaire was answered by 60 mothers of children with nonsyndromic cleft lip and/or cleft palate (case group), and by 51 mothers of healthy children (control group). The following variables were assessed: maternal and paternal ages, maternal disorders, smoking and alcohol consumption during pregnancy, reproductive history (miscarriage, ectopic pregnancy and stillbirth), medication and multivitamin usage during pregnancy. The results were analyzed in relation to the relative risk of each variable in order to estimate the odds ratio with a confidence interval of 95%. This was followed by bivariate and multivariate analysis. Result: The analyses revealed that the only significantly increased risk factor was a history of stillbirth, with an odds ratio = 7.67 (p = 0.05). The use of licit drugs was not correlated with nonsyndromic oral clefts. Conclusion: Of the main risk factors associated with nonsyndromic oral clefts described in the literature, only a history of stillbirth showed a statistical significance in the population studied.
Resumo
Introdução: Fissuras do lábio e/ou palato representam as anomalias congênitas mais comuns da face e, em 70% dos casos, tais anomalias congênitas ocorrem de forma não-sindrômica. Objetivo: Conduzir um estudo caso‑controle para detectar fatores de risco associados às fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas em um grupo de pacientes brasileiros. Material e método: Um questionário foi respondido por 60 mães com filhos apresentando fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas (grupo caso) e por 51 mães com crianças saudáveis (grupo controle). As seguintes variáveis foram avaliadas: idade materna e paterna, distúrbios maternos, tabagismo e consumo de álcool durante a gravidez, história reprodutiva (aborto espontâneo, gravidez ectópica e natimorto), e uso de medicamentos e de multivitaminas durante a gravidez. Os resultados foram analisados em relação ao risco relativo de cada variável para estimar o odds ratio, com intervalo de confiança de 95%, e em seguida as análises bivariada e multivariada foram realizadas. Resultado: As análises revelaram que o único fator de risco mais relacionado às fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas foi a variável história de natimorto, com odds ratio = 7,67 (p = 0,05). O uso de drogas lícitas não se correlacionou com as fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas. Conclusão: Dos principais fatores de risco associados às fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas descritas na literatura, apenas a história de natimorto mostrou significância estatística na população avaliada.