A fossa retromolar pode apresentar um ou mais forames inconstantes: os forames retromolares, que dão passagem a feixes vásculo-nervosos acessórios na inervação e nutrição dos dentes inferiores. Conhecer esta variação anatômica pode evitar complicações da anestesia e de atos cirúrgicos na área. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência do forame retromolar em mandíbulas humanas e discutir os aspectos clínicos que podem estar relacionados à presença deste. A existência do forame retromolar nos lados direito e esquerdo (bilateral e unilateral) e o número destes em cada lado foram avaliados em duzentas e vinte e duas mandíbulas adultas, de brasileiros sem a distinção de gênero, pertencentes ao laboratório de Anatomia Humana da UNESP-Araçatuba, SP, Brasil. Dois examinadores realizaram o estudo anatômico da fossa retromolar, a determinação e a contagem dos forames. Foram observadas concordâncias intra e interexaminadores para a presença do forame. Em 26,58% das mandíbulas pelo menos um forame esteve presente. No lado direito, o forame esteve presente 16,22% das mandíbulas e no esquerdo em 18,92%. No lado direito foram verificadas 47,46% das mandíbulas com um forame, 21,21% com dois e 3,03% com três forames. O lado esquerdo apresentou 55,93% das mandíbulas com um forame, 16,22% com dois forames e 8,11% tinham três forames. Estudos realizados em outros grupos étnicos apresentaram menor incidência do forame retromolar que na população brasileira e a sua freqüência é relevante para a execução de procedimentos anestésicos e cirúrgicos, além de contribuir com a antropologia.