A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Para tanto, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a palavra “maconha”, indicaram cinco palavras relacionados ao tema e evidenciaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). Em sequência, os alunos redigiram um parágrafo sobre o tema em tela. As categorias (n = 110) mais evocadas pelos alunos foram: vício (33), legalização (22), tráfico (14), danos à saúde (12), jovens (13) e sofrimento (16). Curiosamente, alguns alunos que defendem a legalização da maconha a veem como uma droga pouco nociva comparada com outras, como o álcool e o tabaco e acreditam que a legalização diminuirá um dos grandes problemas: o tráfico. Os que são contra a legalização, afirmam que esta não deve ser considerada como algo “natural” e não maléfico à saúde. No entanto, consideram a maconha, juntamente com o cigarro e com o álcool, porta de entrada para outras drogas. O consumo da maconha geralmente inicia-se na juventude, devido a influência dos amigos, problemas familiares, festas ou curiosidade, podendo desencadear sérias consequências, tanto na vida profissional como na pessoal.