A cabeça do calouro de odontologia da FOA/UNESP 2012: o núcleo da representação social da traição
Pavani, C.C.; Orchiucci, C.R.; Fernandes, S.V.; Astolphi, R.D.; Hall, K.B.; Pereira, J.A.; Bizelli, G.R.; Garcia, W.G.
Rev. odontol. UNESP, vol.41, nEspecial, p.0, 2012
Resumo
A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Para tanto, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a palavra “traição”, indicaram cinco palavras relacionados ao tema e apontaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). Foram evocadas 55 categorias, sendo núcleo central a categoria desrespeito (15), acompanhada das categorias: amor (5), desamor (10), raiva (7), casamento (7), namoro (10), dor (4), infidelidade (21), erro (4), decepção (4), tristeza (9), desrespeito (15), mentira (5), desconfiança (5), comum (2), tentação (2), arrependimento (5), fraqueza (2), desleal (2), desapego (1), mágoa (3), brigas (4), caráter (1), sofrimento (3), falsidade (2), insegurança (2), carência (1), vontade (3), fim (3), culpa (1) entre outros. A traição, segundo os alunos, é uma forma de infidelidade, seja no casamento ou no namoro, sendo uma prova de desamor e desrespeito para com o outro; causando tristeza, dor e arrependimento. São vários os fatores que levam à traição: carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o(a) parceiro(a), vingança, a busca do novo, o estímulo provocado pela sensação do perigo ou mesmo do poder.