A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Nesse sentido, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a expressão “FALTA DE ACESSIBILIDADE DO DEFICIENTE AO MEIO DE TRANSPORTE” indicaram cinco palavras relacionados ao tema e evidenciaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). Alguns exemplos das categorias (ao todo foram 31) foram: preconceito (51 vezes), dificuldade (46), inacessibilidade (26), descaso (22), direitos (14), cadeira de rodas (10), Governo (9) e adaptação (8). Foi descrito por alguns o descaso do governo em relação à infraestrutura das cidades e adaptação do meio de transporte, gerando inacessibilidade para os deficientes físicos. O fato de a maioria ter citado preconceito, mostra o quanto o deficiente físico sofre descaso, não só no meio de transporte, mas também da sociedade em geral. Pode-se observar que a falta de acessibilidade nas cidades gera dificuldades cada vez mais graves, que, se não forem superadas, podem originar problemas emocionais. Logo, conclui-se que os deficientes físicos necessitam, além de meios de transportes mais adaptados, de uma sociedade mais compreensiva e tolerável às diferenças.