A realidade é sempre reconstruída pelo sujeito, integrando-se ao nosso sistema de valores dentro da história e do nosso contexto social. Essas representações sociais, socialmente elaboradas e partilhadas, têm um núcleo central que as gera e organiza, dando-lhe significado. Em torno do núcleo central, há elementos periféricos que dão estabilidade à representação. Para tanto, 80 calouros da FOA/UNESP 2012, quando confrontados com a expressão “TRANSTORNOS MENTAIS”, indicaram cinco palavras relacionadas ao tema e evidenciaram, dentre as cinco, duas palavras que julgaram de maior importância (núcleo central). As categorias (que ao todo somaram 22) evocadas pelos alunos foram: Doença (30,16%), Sofrimento (24,59%) e Tratamento (16,07%). A maioria dos alunos remeteu seu pensamento às doenças relacionadas aos transtornos mentais. Além disso, os alunos sugerem que os pacientes deveriam ser submetidos a tratamentos psicológicos e psiquiátricos. Por falta de apoio familiar, governamental e de informações para detectar a doença e recorrer à ajuda profissional, os pacientes com esse tipo de transtorno são obrigados a apelarem para tratamentos particulares ou no exterior, que são caros e, muitas vezes, inacessíveis. Os alunos concluem que os transtornos mentais são frequentes e têm origem em traumas sofridos em qualquer idade sejam eles: estresse, bullying e problemas genéticos, causando grande sofrimento para os pacientes e suas famílias devido à dificuldade em tratar estas patologias.